
A árvore ficou
Este projeto nasceu da travessia entre perdas e permanências. Ao longo de cinco anos, reuni imagens e fragmentos que me ajudaram a permanecer de pé — mesmo quando tudo parecia desabar. “A árvore ficou” é uma instalação visual e afetiva composta por fotografias digitais, analógicas, instantâneas e pinhole, somadas a escritos, objetos e vestígios do cotidiano.
Entre o íntimo e o ancestral, entre o corpo e o território, esta série busca escavar memórias minhas e de quem veio antes. Há uma fazenda que nunca visitei, mas que vive em mim. Um pai que carregou o peso do trabalho infantil e o misto de saudade e dor de um lugar que escolheu não me mostrar. Eu aceitei. E encontrei, no processo criativo, o caminho para narrar o que não foi dito.
“A árvore ficou” é sobre aquilo que resiste em silêncio. Sobre raízes profundas demais para serem arrancadas. E sobre a linguagem da imagem como possibilidade de dizer, existir e transformar.
Título: A árvore ficou
Artista: Marilu Cruz
Ano de realização: 2019–2024
Local: Pará, Brasil
Técnicas: Fotografia digital, analógica, instantânea, pinhole, instalação com objetos e fragmentos textuais
Formato: Série fotográfica e instalação visual
Temas: Memória, permanência, corpo, ancestralidade, reconstrução









